Até a algum tempo atrás, não entendíamos a razão de uma falta de energia elétrica, durante uma chuva forte em nossa cidade, causar a falta de água.
A água corre (o melhor seria dizer flui) no interior de canos, e debaixo da terra. Já os cabos de energia elétrica da CEMIG (estado de Minas Gerais) estão no alto dos postes. Qual é a relação entre um e outro?
Os municípios da região mais central do nosso país (Brasil) estão em regiões montanhosas, e as fontes de água nem sempre estão bem próximas destes municípios. O meio de transporte da água são os canos. O que acontece quando os canos que vem das fontes encontra, no meio do caminho, uma serra, uma cadeia montanhosa, um morro ? Como é que é feito ?
Por vezes, contornar um morro dá um custo muito grande. Será preciso utilizar alguns quilômetros de canos. Além disto, a água, na última etapa para chegar às nossas caixas de água, precisa vir de uma altura superior a esta caixa de água. E a altura que os canos devem estar nesta etapa deve ser superior à altura da maior edificação do munícipio atendido. Em resumo, a água tem que vir do alto.
Mas se a fonte de água está abaixo da altura que é necessária, o que fazer ? É preciso fazer com que a água suba pelos canos. E isto é feito com poderosas Bombas Hidráulicas, em uma estação denominada ESTAÇÃO ELEVATÓRIA.
Conclusão
Se a água precisa subir pelos canos, e precisamos utilizar bombas para isto, a bomba precisará de algum tipo de energia para funcionar. No caso das bombas hidráulicas, a energia utilizada é a elétrica. Portanto, se esta energia faltar na ESTAÇÃO ELEVATÓRIA, vai faltar água nas residências dos municípios servidos pela rede de água em questão.
Consumidor e cidadão, jornalista e comunicador, administrador e gerente, quando faltar água durante uma chuva forte, procure saber se é devida à falta de energia elétrica, antes de ligar para a sua Companhia de Águas para reclamar.
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
sábado, 12 de novembro de 2011
História do Aproveitamento da Água II - Mesopotâmia
"As primeiras civilizações eram basicamente agrárias".
A interpretação desta frase leva o leigo a imaginar os antigos em tangas, plantando, colhendo e se alimentando, e só. Idéia incompleta. O material de construção e suporte a uma série de tecnologias também vinha da extração vegetal: a madeira. Os bambus também, da família das gramíneas, eram parte da base tecnológica para tratar do assunto fundamental para uma civilização agrária: a água.
Então, analisando a cadeia:
Atividade agrária => madeira => água
e sabendo desde já do uso feito da madeira e dos bambus, constatamos que a tecnologia de desenvolvimento era fornecida pela água.
Acrescente-se o fato de que os tijolos eram feitos de barro, com um reforço estrutural de palha, em uma mistura a base de água.
Portanto, a água era sobrevivência e também tecnologia.
E na história, onde situamos este tipo de aproveitamento da água ? No sexto milênio ANTES DE CRISTO surgiram as civilizações da Mesopotâmia, nome este advindo do fato de que esta região fica entre os rios Tigre e Eufrates, sua fonte de água doce. Mas cuidaremos de descrever aquelas civilizações com organização e burocracia suficientes para gerir os recursos hídricos, e o leitor verá que esta gerência não era primitiva. Aliás, é o momento de tirar da mente esta idéia de que os povos antigos eram primitivos.
No código de Hamurabi, em 2250 antes de Cristo, aparece a citação de que deveriam ser feitas provisões de água para cobrir o período de sua escassez. Existiam leis não só cobrindo o seu armazenamento mas também instruindo sobre a sua distribuição (Principles of Irrigation Engineering, Newell, Frederick Haynees e Murphy, Daniel William).
Diques
O primeiro recurso para lidar com a escassez de água são os diques. Se a região em questão tiver um regime de chuvas razoável, é possível armazenar a água correspondente a ele. Na mesopotâmia não se tem registro de diques construídos nos tempos dos antigos impérios.
Canais de Irrigação
Existem evidências oriundas de fotos de satélite de que os povos do rio Nilo e da Mesopotâmia, bem como Indianos e Chineses já utilizavam deste recurso para a distribuição da água à distância. O mesmo vale para nossas civilizações daqui da América do Sul.
Na Mesopotâmia o clima era seco, com chuvas imprevisíveis e violentas, capazes de destruir as habitações. A irrigação fornece um período adicional de colheitas. Somente a região Norte da Mesopotâmia possuía regime de chuvas capaz de manter o suprimento necessário de água para colheitas. E nesta região o solo não era tão fértil. Já no sul, o solo era fértil, mas as chuvas insuficientes.
_________________________________________________
Fonte:
Automated Archeological Survey of Ancient Irrigation Canals (Department of Computer Science & Engineering - Washington University in St Louis)
A interpretação desta frase leva o leigo a imaginar os antigos em tangas, plantando, colhendo e se alimentando, e só. Idéia incompleta. O material de construção e suporte a uma série de tecnologias também vinha da extração vegetal: a madeira. Os bambus também, da família das gramíneas, eram parte da base tecnológica para tratar do assunto fundamental para uma civilização agrária: a água.
Então, analisando a cadeia:
Atividade agrária => madeira => água
e sabendo desde já do uso feito da madeira e dos bambus, constatamos que a tecnologia de desenvolvimento era fornecida pela água.
Acrescente-se o fato de que os tijolos eram feitos de barro, com um reforço estrutural de palha, em uma mistura a base de água.
Portanto, a água era sobrevivência e também tecnologia.
E na história, onde situamos este tipo de aproveitamento da água ? No sexto milênio ANTES DE CRISTO surgiram as civilizações da Mesopotâmia, nome este advindo do fato de que esta região fica entre os rios Tigre e Eufrates, sua fonte de água doce. Mas cuidaremos de descrever aquelas civilizações com organização e burocracia suficientes para gerir os recursos hídricos, e o leitor verá que esta gerência não era primitiva. Aliás, é o momento de tirar da mente esta idéia de que os povos antigos eram primitivos.
No código de Hamurabi, em 2250 antes de Cristo, aparece a citação de que deveriam ser feitas provisões de água para cobrir o período de sua escassez. Existiam leis não só cobrindo o seu armazenamento mas também instruindo sobre a sua distribuição (Principles of Irrigation Engineering, Newell, Frederick Haynees e Murphy, Daniel William).
Diques
O primeiro recurso para lidar com a escassez de água são os diques. Se a região em questão tiver um regime de chuvas razoável, é possível armazenar a água correspondente a ele. Na mesopotâmia não se tem registro de diques construídos nos tempos dos antigos impérios.
Canais de Irrigação
Existem evidências oriundas de fotos de satélite de que os povos do rio Nilo e da Mesopotâmia, bem como Indianos e Chineses já utilizavam deste recurso para a distribuição da água à distância. O mesmo vale para nossas civilizações daqui da América do Sul.
Na Mesopotâmia o clima era seco, com chuvas imprevisíveis e violentas, capazes de destruir as habitações. A irrigação fornece um período adicional de colheitas. Somente a região Norte da Mesopotâmia possuía regime de chuvas capaz de manter o suprimento necessário de água para colheitas. E nesta região o solo não era tão fértil. Já no sul, o solo era fértil, mas as chuvas insuficientes.
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Fonte:
Automated Archeological Survey of Ancient Irrigation Canals (Department of Computer Science & Engineering - Washington University in St Louis)
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Melbourne está utilizando a dessalinização
Deve ter uns 30 anos que, a cada vez que ouço falar de dessalinização, ouço também que é algo inviável economicamente.
Mas por que?
Para se tirar o sal da água do mar, basta evaporar a água em tanques com uma coberta de vidro ou metal. O vapor é recolhido condensado na coberta. Qual a dificuldade ? A água assim obtida é chamada destilada.
O que é água destilada ?
A água destilada, obtida por condensação após vaporização, contém praticamente só água, sem sais dissolvidos. Pelo princípio de gradiente de concentração, se você beber esta água, todos os sais de seu sistema digestivo vão ser atraídos por esta água, ou seja, os sais serão "arrancados" de nosso corpo. Mas o processo que está sendo utilizado na maior parte das usinas é o de osmose reversa.
Osmose Reversa
Neste sistema de vasos separados por uma membrana (linhas tracejadas em verde) aplicando-se uma pressão à solução concentrada (direita), a água tende a migrar para a solução siluída (esquerda), enquanto a membrana retém o sal. O volume do lado esquerdo vai aumentando.
Na osmose natural, sem a pressão, a tendência seria o líquido da solução diluída migrar para o lado mais concentrado.
Os líquidos que ingerimos ao longo do dia devem ter algo neles dissolvido, em concentrações suaves. Desta forma, ao entrar no corpo, o líquido cede sais ao nosso corpo, ao invés de extraí-los do corpo. Um suco contém várias substâncias úteis da fruta de que foi extraído, por isto ele é nutritivo e benéfico.
Mas voltemos a Melbourne.
Sendo o país mais seco do mundo, a Austrália precisa achar uma fonte de água de proporções razoáveis. O mar é a única alternativa. O que ele fornece é água salgada. Então, é necessário extrair este sal e acrescentar os sais esperados em uma fonte de água doce.
O custo de tal empreitada está orçado em R$ 23 bilhões. Com pesquisas e emprego da prodigiosa mente humana, este custo será reduzido ao longo do tempo.
Onde já se faz ?
Arábia e China já partiram para a solução de dessalinização. A Arábia por motivos óbvios a um custo pago pela sua produção petrolífera, e em Pequim pela demanda, podemos dizer, exagerada, face à sua absurda população.
Israel inaugurou, em julho de 2010 a maior usina de dessalinização por osmose reversa (RO) de água salgada do mundo, na cidade de Hadera - norte de Israel. Sua capacidade é de 127 milhões de litros de água potável por ano.
O investimento requerido foi de cerca de meio bilhão de dólares.
Mas por que?
Para se tirar o sal da água do mar, basta evaporar a água em tanques com uma coberta de vidro ou metal. O vapor é recolhido condensado na coberta. Qual a dificuldade ? A água assim obtida é chamada destilada.
O que é água destilada ?
A água destilada, obtida por condensação após vaporização, contém praticamente só água, sem sais dissolvidos. Pelo princípio de gradiente de concentração, se você beber esta água, todos os sais de seu sistema digestivo vão ser atraídos por esta água, ou seja, os sais serão "arrancados" de nosso corpo. Mas o processo que está sendo utilizado na maior parte das usinas é o de osmose reversa.
Osmose Reversa
Neste sistema de vasos separados por uma membrana (linhas tracejadas em verde) aplicando-se uma pressão à solução concentrada (direita), a água tende a migrar para a solução siluída (esquerda), enquanto a membrana retém o sal. O volume do lado esquerdo vai aumentando.
Na osmose natural, sem a pressão, a tendência seria o líquido da solução diluída migrar para o lado mais concentrado.
Os líquidos que ingerimos ao longo do dia devem ter algo neles dissolvido, em concentrações suaves. Desta forma, ao entrar no corpo, o líquido cede sais ao nosso corpo, ao invés de extraí-los do corpo. Um suco contém várias substâncias úteis da fruta de que foi extraído, por isto ele é nutritivo e benéfico.
Mas voltemos a Melbourne.
Sendo o país mais seco do mundo, a Austrália precisa achar uma fonte de água de proporções razoáveis. O mar é a única alternativa. O que ele fornece é água salgada. Então, é necessário extrair este sal e acrescentar os sais esperados em uma fonte de água doce.
O custo de tal empreitada está orçado em R$ 23 bilhões. Com pesquisas e emprego da prodigiosa mente humana, este custo será reduzido ao longo do tempo.
Onde já se faz ?
Arábia e China já partiram para a solução de dessalinização. A Arábia por motivos óbvios a um custo pago pela sua produção petrolífera, e em Pequim pela demanda, podemos dizer, exagerada, face à sua absurda população.
Israel inaugurou, em julho de 2010 a maior usina de dessalinização por osmose reversa (RO) de água salgada do mundo, na cidade de Hadera - norte de Israel. Sua capacidade é de 127 milhões de litros de água potável por ano.
O investimento requerido foi de cerca de meio bilhão de dólares.
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sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Se a água vem do céu, por que eu tenho que pagar a conta
Um caso muito interessante. Temos um indivíduo em uma sala de um Tribunal de Pequenas Causas, que atrasou suas contas, aliás, parou mesmo de pagar. A companhia que detém a concessão de água da cidade do indivíduo cortou o fornecimento, e ele entrou na justiça contra ela.
Ele, perante o juiz, disse, todo convicto:
- Água cai do céu, e "eles" querem me cobrar por ela. Não vou pagar mais não.
O juiz, bem devagar:
- Meu caro, quando a água cai do céu, onde ela cai ?
- Na terra, eu bem sei.
- E ela se suja na terra, ou permanece limpa ?
- Depende de que terra ela encontrar.
- E o senhor sabe se a terra onde cai a água que chega até a sua casa é limpa ou suja ?
- Não, senhor Juiz.
- Mas a água que chega até a sua casa vem de canos da companhia de água da cidade. O senhor acredita que estes canos são limpos ?
O cidadão pensa um pouco. Se disser que são sujos, estará acusando a companhia de negligência ou irresponsabilidade. Se disser que são limpos, estará dando razão à companhia e ao Juiz. O que responder ? Ele escolhe:
- Acredito que são limpos.
- Bem, então vamos prosseguir em uma direção: O senhor acha que manter estes canos limpos custa alguma coisa, ou sai de graça ? Será que estes canos são trocados ? Será que de vez em quando eles se gastam ?
- É natural que se gastem, senhor Juiz. Se forem de ferro enferrujam. Se forem de "barro" ou concreto, devem se gastar.
- As paredes da sua casa se desgastam ? O senhor tem que pintá-las ?
- Já fiz uma ou duas reformas na minha casa, e chamei o pintor. Paguei até caro.
- O senhor também bebe a água que chega até sua casa ?
- Bebo.
- Sossegado ou preocupado ?
- Nem penso nisto.
- Se não pensa é porque está seguro ou é porque não precisa se preocupar com algo tão simples como a água ?
- Nunca pensei nisto. Aprendi a ver os outros bebendo, do filtro, e venho fazendo o mesmo.
- Seus filhos bebem também desta água ?
- Sim, acredito que pelo mesmo motivo que eu.
- O senhor acredita que só ensinamos o que é certo.?
- Sem dúvida nenhuma.
- Então o senhor está ensinando que a água que chega à sua casa pode ser bebida. Correto ?
- Sim, mas como também beberia a água da chuva.
- Como não sou especialista em água. pedi que a companhia que foi acionada pelo senhor trouxesse um técnico para consultas a cada dúvida técnica. E agora estou com dúvidas.
Dirigindo-se ao técnico da companhia, o Juiz lhe pergunta:
- Eu posso beber a água da chuva Sr. Fulano ?
- Em outro município talvez sim, mas no nosso, que possui indústrias no perímetro e um trânsito constante de veículos em número de mais de um milhão, não aconselharia.
- Por que não ?
- Porque a poluição faz com que a chuva seja ligeiramente ácida nos primeiros minutos, pois ela carrega consigo dióxido e monóxido de carbono, além de resíduos de enxofre e outras substâncias que afetam a sua ação sobre nosso organismo.
O Juiz se volta para o indivíduo acusador e inadimplente:
- O senhor ouviu a explicação ?
- Ouvi, mas ele é técnico da companhia e pode estar falando aquilo que foi instruído a falar para defendê-la.
- Trouxemos também um técnico de uma Universidade.
Dirige-se a este técnico:
- O senhor confirma ou nega o que o técnico da companhia explicou ?
- Eu confirmo. É a mais pura confirmação dos fenômenos químicos que ocorrem em nossa atmosfera.
Conclusão
Este é um caso fictício, mas composto de todos os elementos absurdos, por parte do acusador, que ouvimos das conversas de pessoas simples ou que usam discursos simplórios para evitar tirar dinheiro do bolso para pagar a água, esta maravilhosa dádiva de Deus. E como não vivemos no Jardim do Éden, a água pode vir contaminada, daí a necessidade de tratamento e investimento.
Ele, perante o juiz, disse, todo convicto:
- Água cai do céu, e "eles" querem me cobrar por ela. Não vou pagar mais não.
O juiz, bem devagar:
- Meu caro, quando a água cai do céu, onde ela cai ?
- Na terra, eu bem sei.
- E ela se suja na terra, ou permanece limpa ?
- Depende de que terra ela encontrar.
- E o senhor sabe se a terra onde cai a água que chega até a sua casa é limpa ou suja ?
- Não, senhor Juiz.
- Mas a água que chega até a sua casa vem de canos da companhia de água da cidade. O senhor acredita que estes canos são limpos ?
O cidadão pensa um pouco. Se disser que são sujos, estará acusando a companhia de negligência ou irresponsabilidade. Se disser que são limpos, estará dando razão à companhia e ao Juiz. O que responder ? Ele escolhe:
- Acredito que são limpos.
- Bem, então vamos prosseguir em uma direção: O senhor acha que manter estes canos limpos custa alguma coisa, ou sai de graça ? Será que estes canos são trocados ? Será que de vez em quando eles se gastam ?
- É natural que se gastem, senhor Juiz. Se forem de ferro enferrujam. Se forem de "barro" ou concreto, devem se gastar.
- As paredes da sua casa se desgastam ? O senhor tem que pintá-las ?
- Já fiz uma ou duas reformas na minha casa, e chamei o pintor. Paguei até caro.
- O senhor também bebe a água que chega até sua casa ?
- Bebo.
- Sossegado ou preocupado ?
- Nem penso nisto.
- Se não pensa é porque está seguro ou é porque não precisa se preocupar com algo tão simples como a água ?
- Nunca pensei nisto. Aprendi a ver os outros bebendo, do filtro, e venho fazendo o mesmo.
- Seus filhos bebem também desta água ?
- Sim, acredito que pelo mesmo motivo que eu.
- O senhor acredita que só ensinamos o que é certo.?
- Sem dúvida nenhuma.
- Então o senhor está ensinando que a água que chega à sua casa pode ser bebida. Correto ?
- Sim, mas como também beberia a água da chuva.
- Como não sou especialista em água. pedi que a companhia que foi acionada pelo senhor trouxesse um técnico para consultas a cada dúvida técnica. E agora estou com dúvidas.
Dirigindo-se ao técnico da companhia, o Juiz lhe pergunta:
- Eu posso beber a água da chuva Sr. Fulano ?
- Em outro município talvez sim, mas no nosso, que possui indústrias no perímetro e um trânsito constante de veículos em número de mais de um milhão, não aconselharia.
- Por que não ?
- Porque a poluição faz com que a chuva seja ligeiramente ácida nos primeiros minutos, pois ela carrega consigo dióxido e monóxido de carbono, além de resíduos de enxofre e outras substâncias que afetam a sua ação sobre nosso organismo.
O Juiz se volta para o indivíduo acusador e inadimplente:
- O senhor ouviu a explicação ?
- Ouvi, mas ele é técnico da companhia e pode estar falando aquilo que foi instruído a falar para defendê-la.
- Trouxemos também um técnico de uma Universidade.
Dirige-se a este técnico:
- O senhor confirma ou nega o que o técnico da companhia explicou ?
- Eu confirmo. É a mais pura confirmação dos fenômenos químicos que ocorrem em nossa atmosfera.
Conclusão
Este é um caso fictício, mas composto de todos os elementos absurdos, por parte do acusador, que ouvimos das conversas de pessoas simples ou que usam discursos simplórios para evitar tirar dinheiro do bolso para pagar a água, esta maravilhosa dádiva de Deus. E como não vivemos no Jardim do Éden, a água pode vir contaminada, daí a necessidade de tratamento e investimento.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
O Cloro utilizado no tratamento da água faz mal ?
Devido à exposição natural da água ao meio ambiente, pelos variados cursos de água a céu aberto, a água tem grande probabilidade de ser contaminada, mesmo emergindo das salutares nascentes. Em seu caminho, ela fica disponível para os animais, personagens óbvios desta história natural, que a bebem. A primeira contaminação ocorre pelo contato com o focinho dos mesmos, que já hospedam vírus e bactérias. A segunda contaminação ocorre pelas fezes destes animais. Até aqui citamos apenas causas naturais.
O homem do meio rural construiu fossas para seus sítios, chácaras e propriedades em geral. Nem sempre estas fossas estão dentro de uma especificação para minimizar a contaminação do solo, e consequentemente dos cursos de água próximos. Do ponto de vista mais extremo, temos as redes de esgoto, que se não estiverem em bom estado provocam a contaminação dos lençóis de água.
Portanto, temos razões e mais razões para perceber que a água está extremamente vulnerável à contaminação.
Então entra o cloro para fazer a desinfecção, matando as bactérias presentes nesta água. Vamos considerar, a princípio, este cloro como um novo elemento de contaminação. Existem concentrações já exaustivamente estudadas e padronizadas como sendo não prejudiciais: de 0,2 a 2,0 mg/l. A portaria 518/2004 do Ministério da Saúde estabeleceu este intervalo saudável COM BASE EM ESTUDOS DE LABORATÓRIO.
Então, caro consumidor, cidadão, se o seu município é abastecido por concessionária responsável de água, você não terá prejuízo nenhum à sua saúde ao consumir água clorada dentro dos limites da legislação. Se, no entanto, sua edificação não está conectada à rede de distribuição desta espécie, ou o síndico de seu prédio diz que faz um tratamento, sim, não posso garantir que você terá saúde suficiente daqui a alguns anos. Existem "receitas" para cloração, mas NINGUÉM é mais capacitado para o trabalho do que um técnico de uma empresa confiável.
Para fazer um trabalho deste, o síndico deve ter uma destas qualificações:
Se ele delega tal tarefa a uma outra pessoa, que não tenha estas qualificações e apenas diz que "a pessoa entende", coitado de você. Este síndico é um "temerário guardião de ministração de veneno".
Nosso corpo precisa de cloro
Sem preocupações com tratamento, ou sem preocupações com o fazer mal ou não, para a digestão, nosso corpo precisa de cloro, tirado dos sais minerais (os cloretos são muito abundantes) dos alimentos, e agora a partir da água. Ou seja, além de vir em concentrações não maléficas, o cloro ajuda na digestão.
O homem do meio rural construiu fossas para seus sítios, chácaras e propriedades em geral. Nem sempre estas fossas estão dentro de uma especificação para minimizar a contaminação do solo, e consequentemente dos cursos de água próximos. Do ponto de vista mais extremo, temos as redes de esgoto, que se não estiverem em bom estado provocam a contaminação dos lençóis de água.
Portanto, temos razões e mais razões para perceber que a água está extremamente vulnerável à contaminação.
Então entra o cloro para fazer a desinfecção, matando as bactérias presentes nesta água. Vamos considerar, a princípio, este cloro como um novo elemento de contaminação. Existem concentrações já exaustivamente estudadas e padronizadas como sendo não prejudiciais: de 0,2 a 2,0 mg/l. A portaria 518/2004 do Ministério da Saúde estabeleceu este intervalo saudável COM BASE EM ESTUDOS DE LABORATÓRIO.
Então, caro consumidor, cidadão, se o seu município é abastecido por concessionária responsável de água, você não terá prejuízo nenhum à sua saúde ao consumir água clorada dentro dos limites da legislação. Se, no entanto, sua edificação não está conectada à rede de distribuição desta espécie, ou o síndico de seu prédio diz que faz um tratamento, sim, não posso garantir que você terá saúde suficiente daqui a alguns anos. Existem "receitas" para cloração, mas NINGUÉM é mais capacitado para o trabalho do que um técnico de uma empresa confiável.
Para fazer um trabalho deste, o síndico deve ter uma destas qualificações:
- Engenheiro Químico
- Técnico Químico
Se ele delega tal tarefa a uma outra pessoa, que não tenha estas qualificações e apenas diz que "a pessoa entende", coitado de você. Este síndico é um "temerário guardião de ministração de veneno".
Nosso corpo precisa de cloro
Sem preocupações com tratamento, ou sem preocupações com o fazer mal ou não, para a digestão, nosso corpo precisa de cloro, tirado dos sais minerais (os cloretos são muito abundantes) dos alimentos, e agora a partir da água. Ou seja, além de vir em concentrações não maléficas, o cloro ajuda na digestão.
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Que cloro é este que se coloca na água
O cloro é um elemento químico que, à temperatura ambiente (20 a 28 graus centígrados), se apresenta na forma de gás. São necessárias transformações químicas para que ele se combine com outros átomos da natureza para formar compostos estáveis e não tão voláteis como é de sua característica. A chave de nosso raciocínio é composto estável. Desta forma ele pode ser aplicado à água durante um processo conhecido como desinfecção.
Portanto, a função do cloro no tratamento de água é a desinfecção, ou seja, eliminação de microorganismos que podem ser letais ao ser humano, como:
Estes são só exemplos. Alguns vírus são também eliminados pelas soluções clóricas.
Forma de aplicação do cloro
A forma mais conhecida de composto clórico é a popular água sanitária, com teor de 2,5 % de cloro. Sua denominação química oficial é hipoclorito de sódio. Frisamos que o gás cloro não pode ser diretamente aplicado à água. Para as Estações de Tratamento de Água (ETAs), utiliza-se tanques de hipoclorito de sódio, e é feita uma cuidadosa dosagem na água. As grandes companhias de saneamento fazem a dosagem e a conferência desta dosagem em diversos pontos da rede de distribuição.
Aplicações caseiras
Apesar das instruções para colocar 10 litros de hipoclorito a 10 % para cada 100 litros, não recomendamos ao leigo fazê-lo. Uma pessoa qualquer terá que fazer os cálculos para a mistura. Já dissemos que a água sanitária vem a 2,5 %. A proporção pedida é de 10 %. Como fazer ?
Recomendamos não fazer. É muito mais fácil, pelo menos nas cidades de Minas Gerais, propor a ligação de água da residência à rede de uma grande distribuidora.
Poços artesianos
Apesar da pregação de que a água de poço artesiano é pura, não podemos afirmar que está isenta de bactérias. Não é absolutamente seguro. A edificação terá que ter uma pequena dosadora, e estamos falando apenas do cloro, para desinfectar a água. Água de poço não é absolutamente isenta de microorganismos.
Água segura e tratada, só de companhias municipais e estaduais.
Portanto, a função do cloro no tratamento de água é a desinfecção, ou seja, eliminação de microorganismos que podem ser letais ao ser humano, como:
- Escherichia coli
- Entamoeba coli (Ameba)
- Giardia lamblia (Giardíase)
- Salmonella enterica (Enteríase)
- Salmonella typhi (Tifo)
- Vibrio cholerae (Cólera)
Estes são só exemplos. Alguns vírus são também eliminados pelas soluções clóricas.
Forma de aplicação do cloro
A forma mais conhecida de composto clórico é a popular água sanitária, com teor de 2,5 % de cloro. Sua denominação química oficial é hipoclorito de sódio. Frisamos que o gás cloro não pode ser diretamente aplicado à água. Para as Estações de Tratamento de Água (ETAs), utiliza-se tanques de hipoclorito de sódio, e é feita uma cuidadosa dosagem na água. As grandes companhias de saneamento fazem a dosagem e a conferência desta dosagem em diversos pontos da rede de distribuição.
Aplicações caseiras
Apesar das instruções para colocar 10 litros de hipoclorito a 10 % para cada 100 litros, não recomendamos ao leigo fazê-lo. Uma pessoa qualquer terá que fazer os cálculos para a mistura. Já dissemos que a água sanitária vem a 2,5 %. A proporção pedida é de 10 %. Como fazer ?
Recomendamos não fazer. É muito mais fácil, pelo menos nas cidades de Minas Gerais, propor a ligação de água da residência à rede de uma grande distribuidora.
Poços artesianos
Apesar da pregação de que a água de poço artesiano é pura, não podemos afirmar que está isenta de bactérias. Não é absolutamente seguro. A edificação terá que ter uma pequena dosadora, e estamos falando apenas do cloro, para desinfectar a água. Água de poço não é absolutamente isenta de microorganismos.
Água segura e tratada, só de companhias municipais e estaduais.
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Japão está jogando água radioativa no mar
Os japoneses estão tentando sanar a situação das usinas atômicas danificadas pelo tsunami recente. E uma das medidas é a eliminação da água contaminada por radiação que ficava nos poços dos reatores. Segundo as fontes disponíveis, são cerca de 11 milhões de toneladas de água. Levando em conta a densidade da água como tendo valor 1 (1kg po litro; talvez a radioativa tenha uma densidade maior), são mais ou menos 11 bilhões de litros (1 tonelada equivale a 1000 kg).
O volume despejado, então, é significativo. Esta água está contaminada com os produtos da reação de fissão dos isótopos de Urânio (235,236): Kriptônio, Bário, Iodo e raios gama.
Os japoneses dizem que não tem problema nenhum. Se houver, os peixes que eles mesmos pescam serão contaminados, e eles mesmos vão ingerir tal coisa. Se tentarem exportar, os produtos pesqueiros não vão passar pelo controle sanitário internacional.. E se recorrerem ao contrabando, poderão sofrer sanções semelhantes às feitas contra países que exportam terrorismo.
Esta água deveria ser armazenada e tratada, para só depois ser devolvida ao meio ambiente. Espanta os japoneses fazerem algo deste tipo.
Enquanto os técnicos não encontram uma forma de conter o vazamento de água radioativa, ela vai adentrando o mar.
O volume despejado, então, é significativo. Esta água está contaminada com os produtos da reação de fissão dos isótopos de Urânio (235,236): Kriptônio, Bário, Iodo e raios gama.
Os japoneses dizem que não tem problema nenhum. Se houver, os peixes que eles mesmos pescam serão contaminados, e eles mesmos vão ingerir tal coisa. Se tentarem exportar, os produtos pesqueiros não vão passar pelo controle sanitário internacional.. E se recorrerem ao contrabando, poderão sofrer sanções semelhantes às feitas contra países que exportam terrorismo.
Esta água deveria ser armazenada e tratada, para só depois ser devolvida ao meio ambiente. Espanta os japoneses fazerem algo deste tipo.
Enquanto os técnicos não encontram uma forma de conter o vazamento de água radioativa, ela vai adentrando o mar.
sábado, 26 de março de 2011
Lagoa Santa - Água escura
Os moradores do município de Lagoa Santa, na região da grande Belo Horizonte, já vinham enfrentando um rodízio velado no fornecimento de água. Agora, nem rodízio não tem, tem é falta de água e água escura.
Mas qual é a história completa ? A história é uma teia (web em inglês) cujos "fios" são:
Tem uns dez anos que eu ia com parentes ficar em sítios alugados. O lugar era muito bonito. Ninguém queria morar na região. Então Belo Horizonte começou a se tornar uma capital opressiva, barulhenta e bagunçada. Nos fins de semana estabelece-se, até hoje, o império dos butecos e a barulheira de noite. Então, quem pode, construiu casa em Lagoa Santa, em lotes comprados ou de herança.
Empreiteiros espertos e famintos obtiveram licenças para fazer loteamentos, usando política, influência e dinheiro para que fossem licenciados de forma rápida. Não havia uma política para se obter licenças ambientais, aliás, nem disto se falava. A preocupação é mais recente. Muitos deixaram os lotes ali de reserva para o futuro. Com a pressão da vida na cidade, quem tinha lote se lembrou dele.
Ajudados pelo preço mais baixo e da facilidade de financiamento da Caixa Econômica Federal para materiais de construção, o homem urbano se lançou na tarefa de erigir sua morada de fim de semana com voracidade.
Acrescente-se a isto o fato de que ao voltar da serra do Cipó em suas viagens, o homem urbano é obrigado a passar pela avenida principal de Lagoa Santa e pelas terras virgens. Daí veio o pensamento:
Juntando todos estes fatores, deu-se o fenômeno de colonização da região. E como o homem não é um tão hábil planejador, não mediu a velocidade da construção em relação ao crescimento da infra-estrutura. A pressão da água, que possibilitava o amplo abastecimento, agora se tornou insuficiente para tanta gente. É uma verdade física. E o investimento para disponibilizar água é vultuoso, e precisa da ajuda do Estado. Prefeitura sozinha não consegue.
Depois dos empreiteiros e da população promoverem uma ocupação desordenada (pois todos tem culpa), eles vem cobrar das prefeituras e até da concessionária de serviços de água e saneamento providências. Só que depois de um determinado ponto, o estrago é muito superior à capacidade de investimento da prefeitura local. E a concessionária é acionada pela prefeitura. No caso de Lagoa Santa, o custo para correção do "rombo" de abastecimento precisa de investimentos do PAC (esfera federal).
Vamos dar alguns números como referência. Uma cidade com 30 mil habitantes tem um acréscimo, em 5 anos, de 60 mil habitantes. O investimento em infra-estrutura, quando uma cidade não é planejada, não cresce linearmente com o crescimento populacional. O município de Lagoa Santa deve ter experimentado um crescimento desta ordem. Agora, para corrigir, não basta simplesmente ir reclamar ao prefeito, nem à concessionária. Quando a população dobra, com espalhamento territorial é preciso expandir as redes. Quando não, é preciso trocar toda a rede, para suportar, provavelmente, o dobro da vazão.
Mas qual é a história completa ? A história é uma teia (web em inglês) cujos "fios" são:
- Barateamento dos materiais de construção;
- Falta de leis que protegessem o meio-ambiente
- Fuga do homem urbano para o sossego
- Incentivo aos empreendimentos
- Loteamentos irregulares, conseguidos com política e influência;
- Via de passagem da serra do Cipó
Tem uns dez anos que eu ia com parentes ficar em sítios alugados. O lugar era muito bonito. Ninguém queria morar na região. Então Belo Horizonte começou a se tornar uma capital opressiva, barulhenta e bagunçada. Nos fins de semana estabelece-se, até hoje, o império dos butecos e a barulheira de noite. Então, quem pode, construiu casa em Lagoa Santa, em lotes comprados ou de herança.
Empreiteiros espertos e famintos obtiveram licenças para fazer loteamentos, usando política, influência e dinheiro para que fossem licenciados de forma rápida. Não havia uma política para se obter licenças ambientais, aliás, nem disto se falava. A preocupação é mais recente. Muitos deixaram os lotes ali de reserva para o futuro. Com a pressão da vida na cidade, quem tinha lote se lembrou dele.
Ajudados pelo preço mais baixo e da facilidade de financiamento da Caixa Econômica Federal para materiais de construção, o homem urbano se lançou na tarefa de erigir sua morada de fim de semana com voracidade.
Acrescente-se a isto o fato de que ao voltar da serra do Cipó em suas viagens, o homem urbano é obrigado a passar pela avenida principal de Lagoa Santa e pelas terras virgens. Daí veio o pensamento:
Nós podíamos construir aqui o nosso sítio
Juntando todos estes fatores, deu-se o fenômeno de colonização da região. E como o homem não é um tão hábil planejador, não mediu a velocidade da construção em relação ao crescimento da infra-estrutura. A pressão da água, que possibilitava o amplo abastecimento, agora se tornou insuficiente para tanta gente. É uma verdade física. E o investimento para disponibilizar água é vultuoso, e precisa da ajuda do Estado. Prefeitura sozinha não consegue.
Depois dos empreiteiros e da população promoverem uma ocupação desordenada (pois todos tem culpa), eles vem cobrar das prefeituras e até da concessionária de serviços de água e saneamento providências. Só que depois de um determinado ponto, o estrago é muito superior à capacidade de investimento da prefeitura local. E a concessionária é acionada pela prefeitura. No caso de Lagoa Santa, o custo para correção do "rombo" de abastecimento precisa de investimentos do PAC (esfera federal).
Vamos dar alguns números como referência. Uma cidade com 30 mil habitantes tem um acréscimo, em 5 anos, de 60 mil habitantes. O investimento em infra-estrutura, quando uma cidade não é planejada, não cresce linearmente com o crescimento populacional. O município de Lagoa Santa deve ter experimentado um crescimento desta ordem. Agora, para corrigir, não basta simplesmente ir reclamar ao prefeito, nem à concessionária. Quando a população dobra, com espalhamento territorial é preciso expandir as redes. Quando não, é preciso trocar toda a rede, para suportar, provavelmente, o dobro da vazão.
quinta-feira, 24 de março de 2011
Água potável no Japão está contaminada
Deu no rádio:
A água que seria potável no norte do Japão está contaminada devido ao acidente na usinas nucleares oriundo dos efeitos do Tsunami que assolou o país.
Industrialmente falando, os lençois de água passaram a fazer parte de uma grande máquina reatora. Uma vez que o isolamento foi rompido, a radiação procura alguma contenção, e as rochas do solo se transformaram nestas paredes. É mais um reforço para as nossas colocações sobre a necessidade de se conhecer o tipo de água disponível e tratá-la de acordo com este tipo identificado.
Existem águas calcárias, águas ferruginosas, águas com exposição a terrenos com microorganismos, águas oriundas de terrenos cultivados (exposição aos agrotóxicos) e agora as águas expostas à radiação. A molécula de água é uma das mais elegíveis para moderação da velocidade dos neutrons em uma reação nuclear, pois age como uma parede tornando estes neutrons lentos. Mas para fazer isto, ela acaba sofrendo uma transformação, se tornando, como diz o leigo, radioativa. Não fosse só a água, por ter sais dissolvidos, estes também sofrem a influência da radiação. O perigo é maior para aquelas pessoas que já passaram por tratamento com radiação, como por exemplo no câncer de tireóide, em que já receberam doses de iodo radioativo.
Defendemos o tratamento especializado da água e a monitoração constante de adições que possam advir do ambiente, por firmas idôneas. Com água não se brinca.
A água que seria potável no norte do Japão está contaminada devido ao acidente na usinas nucleares oriundo dos efeitos do Tsunami que assolou o país.
Industrialmente falando, os lençois de água passaram a fazer parte de uma grande máquina reatora. Uma vez que o isolamento foi rompido, a radiação procura alguma contenção, e as rochas do solo se transformaram nestas paredes. É mais um reforço para as nossas colocações sobre a necessidade de se conhecer o tipo de água disponível e tratá-la de acordo com este tipo identificado.
Existem águas calcárias, águas ferruginosas, águas com exposição a terrenos com microorganismos, águas oriundas de terrenos cultivados (exposição aos agrotóxicos) e agora as águas expostas à radiação. A molécula de água é uma das mais elegíveis para moderação da velocidade dos neutrons em uma reação nuclear, pois age como uma parede tornando estes neutrons lentos. Mas para fazer isto, ela acaba sofrendo uma transformação, se tornando, como diz o leigo, radioativa. Não fosse só a água, por ter sais dissolvidos, estes também sofrem a influência da radiação. O perigo é maior para aquelas pessoas que já passaram por tratamento com radiação, como por exemplo no câncer de tireóide, em que já receberam doses de iodo radioativo.
Defendemos o tratamento especializado da água e a monitoração constante de adições que possam advir do ambiente, por firmas idôneas. Com água não se brinca.
segunda-feira, 21 de março de 2011
Dia Mundial da Água
Fora das frases e lugares comuns sobre a água, precisamos perceber que a água é insubstituível. Os governos usam este tema para "sequestrarem" o interesse da população, alarmá-la e desorientá-la. Enquanto propalam que a água é fundamental, e a imprensa fala que ela vai acabar, não existe nenhuma ação fora do discurso. A lei de uso da água não está em efetiva e perceptível prática. Água, violência e educação servem como temas de palanque.
Então, o que achamos que é ação, já que estamos criticando ? Ação é poder de Polícia e prisão. Jogou lixo em córrego, prisão em flagrante. Cano de PVC que sai direto de uma casa à beira de córrego apontado para o fluxo da água, prisão em flagrante. Isto é ação. Meninos e meninas com apenas o ciclo básico de educação estão cansadas de saber que estas coisas são irregulares, então que se enquadre logo em crime.
O Brasil é um país novo, chucro ainda. É preciso a ação de educação na vara. Não adianta o discurso de "precisamos primeiro educar o cidadão e depois cobrar". Um adulto sabe o que é errado. A televisão tem nos bombardeado por anos com informação do que se deve e do que não se deve fazer em relação à água. E quem mais erra são os adultos, que já ouviram muito sobre o assunto.
Portanto, enquadramento e prisão para quem age como selvagem em relação a ambiente.
Então, o que achamos que é ação, já que estamos criticando ? Ação é poder de Polícia e prisão. Jogou lixo em córrego, prisão em flagrante. Cano de PVC que sai direto de uma casa à beira de córrego apontado para o fluxo da água, prisão em flagrante. Isto é ação. Meninos e meninas com apenas o ciclo básico de educação estão cansadas de saber que estas coisas são irregulares, então que se enquadre logo em crime.
O Brasil é um país novo, chucro ainda. É preciso a ação de educação na vara. Não adianta o discurso de "precisamos primeiro educar o cidadão e depois cobrar". Um adulto sabe o que é errado. A televisão tem nos bombardeado por anos com informação do que se deve e do que não se deve fazer em relação à água. E quem mais erra são os adultos, que já ouviram muito sobre o assunto.
Portanto, enquadramento e prisão para quem age como selvagem em relação a ambiente.
domingo, 20 de março de 2011
Água é muito suscetível à contaminação
Notícias do Japão:
Pela sua fluidez, penetrabilidade e por estar presente na umidade do ar (sempre mesmo que o ar pareça seco), a água é um veículo de transporte de sais, ovos de parasitos, vírus, bactérias, fungos e de radiação, entre outros.
O caso Japão está sendo um laboratório de comprovação desta natureza múltipla da água como meio de transporte. Daí o cuidado técnico que é preciso ter com ela. Esta radiação oriunda do Japão, já na água localmente, chegará, inevitavelmente, após contaminar humanos, às outras partes do mundo em virtude da mobilidade exagerada observada nos últimos tempos, devido aos vínculos comerciais variados, exportação de bens, envio de consultores, etc.
Apesar do alto controle, pela água dos oceanos alguma fração chegará até nós, e pelo lixo produzido.
Os resultados serão os juízes do grau de alcance dos danos, constatáveis nos próximos meses.
- A água da chuva esta contaminada por radiação
- A água de beber também
Pela sua fluidez, penetrabilidade e por estar presente na umidade do ar (sempre mesmo que o ar pareça seco), a água é um veículo de transporte de sais, ovos de parasitos, vírus, bactérias, fungos e de radiação, entre outros.
O caso Japão está sendo um laboratório de comprovação desta natureza múltipla da água como meio de transporte. Daí o cuidado técnico que é preciso ter com ela. Esta radiação oriunda do Japão, já na água localmente, chegará, inevitavelmente, após contaminar humanos, às outras partes do mundo em virtude da mobilidade exagerada observada nos últimos tempos, devido aos vínculos comerciais variados, exportação de bens, envio de consultores, etc.
Apesar do alto controle, pela água dos oceanos alguma fração chegará até nós, e pelo lixo produzido.
Os resultados serão os juízes do grau de alcance dos danos, constatáveis nos próximos meses.
sábado, 12 de março de 2011
Um Tsunami de problemas
Muito assombroso o dado a respeito da velocidade das ondas do Tsunami que atingiu o Japão e adjacências neste mês de Março: 700 km por hora. Os jatos comerciais Airbus A-320, A-330 e Boeing 707 atingem a velocidade de cruzeiro de 850 km por hora. Ou seja, estas ondas sincronizadas (no caso das ondas praianas elas não vem desta forma) viajaram à velocidade de um jato. É realmente impressionante, pois é difícil que a nossa mente aceite esta condição extrema.
O Tsunami em questão foi originado realmente de um maremoto (fenômeno sísmico sob as águas), e o em sua origem zero foi o deslocamento das placas tectônicas sob as águas. À medida em que esta foi arrastando os sedimentos a beira-mar, ganhou a força de um aríete, de uma luva de boxe gigante e fez o que fez.
Realmente é um aspecto da ignorância que se revela em nosso povo. Comente este dado dos 700 km por hora com pessoas comuns, e elas vão falar que foi um erro e que só pode ser 70 km por hora. As pessoas comuns não tem parâmetros básicos de aprendizado e mente aberta para coisas extremas. E a natureza exibe forças extremas aprisionadas em vulcões, nuvens, ventos e até no sol.
Este post foi mais dedicado à força que a água pode ter.
O Tsunami em questão foi originado realmente de um maremoto (fenômeno sísmico sob as águas), e o em sua origem zero foi o deslocamento das placas tectônicas sob as águas. À medida em que esta foi arrastando os sedimentos a beira-mar, ganhou a força de um aríete, de uma luva de boxe gigante e fez o que fez.
Realmente é um aspecto da ignorância que se revela em nosso povo. Comente este dado dos 700 km por hora com pessoas comuns, e elas vão falar que foi um erro e que só pode ser 70 km por hora. As pessoas comuns não tem parâmetros básicos de aprendizado e mente aberta para coisas extremas. E a natureza exibe forças extremas aprisionadas em vulcões, nuvens, ventos e até no sol.
Este post foi mais dedicado à força que a água pode ter.
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Manejo errado da terra - Dust Bowl
O "Dust Bowl" (taça de pó) foi um evento climático desatroso que teve lugar em 1930 nos Estados Unidos. Foram nuvens baixas de pó, areia e terra solta do solo, em virtude do manejo incorreto das terras norte americanas.
As pradarias norte-americanas, que dominam vários estados, possuem, por definição, uma vejetação rasteira, imprópria para uso econômico, porém agindo como cobertura protetora contra a erosão e como retentora de água. Como a abordagem das políticas econômicas é burra (e não vou ser contemporizador, mas pragmático), incentivou-se os proprietários a fazer grandes culturas, para aumentar a produção de grãos e levantar o país, já combalido pela crise de 1929.
A sequência de eventos foi muito lógica. Solo descoberto aliado a um período seco normal com ventos deu como resultado uma ascensão de pó do solo. Este pó formou uma barreira que refletia os raios solares, impedindo a evaporação que gera a chuva. O efeito foi cumulativo, e o resultado foi um desastre.
Mas o leitor deve estar se perguntando o que o pó da terra tem a ver com a Guerra da Água deste blog:
Se não se maneja o solo pensando na sua companheira água, ela se afastará, ou não virá, e os dois não se unirão em conúbio ambiental e biológico. Portanto, o planejamento do uso da água passa diretamente pelo solo onde ela será aplicada, pois antes de servir à satisfação da nossa sede, a água deve se unir ao solo, que produz a nossa alimentação.
Os governos não devem dirigir suas políticas econômicas para determinação do que se deve produzir, nem quando e nem onde. Eles devem dirigir suas políticas para incentivar a produção de gêneros alimentícios onde a condição é favorável a cada gênero, e gerar as condições de mercado para os financiamentos e escoamento da produção, através de rodovias, ferrovias, gerenciamento do câmbio para possibilitar as exportações e congêneres.
Governo não deve se meter em determinar fatores de produção.
As pradarias norte-americanas, que dominam vários estados, possuem, por definição, uma vejetação rasteira, imprópria para uso econômico, porém agindo como cobertura protetora contra a erosão e como retentora de água. Como a abordagem das políticas econômicas é burra (e não vou ser contemporizador, mas pragmático), incentivou-se os proprietários a fazer grandes culturas, para aumentar a produção de grãos e levantar o país, já combalido pela crise de 1929.
A sequência de eventos foi muito lógica. Solo descoberto aliado a um período seco normal com ventos deu como resultado uma ascensão de pó do solo. Este pó formou uma barreira que refletia os raios solares, impedindo a evaporação que gera a chuva. O efeito foi cumulativo, e o resultado foi um desastre.
Mas o leitor deve estar se perguntando o que o pó da terra tem a ver com a Guerra da Água deste blog:
O solo e a água que o irriga são íntimos.
Se não se maneja o solo pensando na sua companheira água, ela se afastará, ou não virá, e os dois não se unirão em conúbio ambiental e biológico. Portanto, o planejamento do uso da água passa diretamente pelo solo onde ela será aplicada, pois antes de servir à satisfação da nossa sede, a água deve se unir ao solo, que produz a nossa alimentação.
Os governos não devem dirigir suas políticas econômicas para determinação do que se deve produzir, nem quando e nem onde. Eles devem dirigir suas políticas para incentivar a produção de gêneros alimentícios onde a condição é favorável a cada gênero, e gerar as condições de mercado para os financiamentos e escoamento da produção, através de rodovias, ferrovias, gerenciamento do câmbio para possibilitar as exportações e congêneres.
Governo não deve se meter em determinar fatores de produção.
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Os poços artesianos da Região Serrana do Rio de Janeiro
Já elucidamos várias vezes a face sinistra que está por detrás dos poços artesianos perfurados por populares em suas próprias casas para fugir às taxas e tarifas cobradas pelas companhias de abastecimento de água.
No Rio de Janeiro, na Região Serrana, as autoridades já alertaram para que, depois da tragédia que se abateu sobre a área citada, as pessoas não consumam a água dos poços, pois todo o lençol de água foi contaminado. Já alertamos aqui. A água é um recurso excessivamente vital para a nossa sobrevivência, e nenhum preço é alto demais para que procuremos aquela de mais alta qualidade para o nosso consumo.
Mas na região citada, o problema foi uma contingência. E para as nossas modernas cidades, o mesmo se aplica ? Vamos lembrar o leitor de algumas coisas. Os cães, domésticos ou não, fazem os seus "cocozinhos" nas calçadas. Quem nunca pisou num deles que levante a mão e comente no blog que sou mentiroso. Pessoas doentes ou sadias cospem na rua, ou assoam o nariz de forma mal educada na calçada, parecendo que nunca ouviram falar de um lenço de papel. Então vem a chuva e carrega toda esta imundícia para dentro de nossos lençóis freáticos (água infiltra no solo e se deposita em bolsões). Então um destes cidadãos que quer fazer economia porca de água fura um poço, e toma água cheia das impurezas de uma grande cidade. Acrescente às impurezas os resíduos do asfalto, óleo automotivo, sabão e detergente utilizado na lavagem dos carros, perfazendo uma "sopa" de material contaminante que vai para o estômago dos cidadãos, gerando o aparecimento de doenças novas e inexplicáveis e onerando o poder público que precisa abrir mais e mais postos de saúde.
Pensem: água, como qualquer produto alimentício, tem que vir de fonte confiável e preocupada com a qualidade.
No Rio de Janeiro, na Região Serrana, as autoridades já alertaram para que, depois da tragédia que se abateu sobre a área citada, as pessoas não consumam a água dos poços, pois todo o lençol de água foi contaminado. Já alertamos aqui. A água é um recurso excessivamente vital para a nossa sobrevivência, e nenhum preço é alto demais para que procuremos aquela de mais alta qualidade para o nosso consumo.
Mas na região citada, o problema foi uma contingência. E para as nossas modernas cidades, o mesmo se aplica ? Vamos lembrar o leitor de algumas coisas. Os cães, domésticos ou não, fazem os seus "cocozinhos" nas calçadas. Quem nunca pisou num deles que levante a mão e comente no blog que sou mentiroso. Pessoas doentes ou sadias cospem na rua, ou assoam o nariz de forma mal educada na calçada, parecendo que nunca ouviram falar de um lenço de papel. Então vem a chuva e carrega toda esta imundícia para dentro de nossos lençóis freáticos (água infiltra no solo e se deposita em bolsões). Então um destes cidadãos que quer fazer economia porca de água fura um poço, e toma água cheia das impurezas de uma grande cidade. Acrescente às impurezas os resíduos do asfalto, óleo automotivo, sabão e detergente utilizado na lavagem dos carros, perfazendo uma "sopa" de material contaminante que vai para o estômago dos cidadãos, gerando o aparecimento de doenças novas e inexplicáveis e onerando o poder público que precisa abrir mais e mais postos de saúde.
Pensem: água, como qualquer produto alimentício, tem que vir de fonte confiável e preocupada com a qualidade.
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