sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Assunto da vez - Opiniões equivocadas

Quem lê os comentários de jornais e blogs encontra de vez em quando um comentário sobre desperdício que não tem nada a ver com contexto.

Um destes foi sobre uma fazenda, em que um incauto telespectador disse que os encarregados precisavam economizar água. Isto é a demonstração do imediatismo de um pensamento imaturo. Uma fazenda tem chiqueiro, curral, aparelhos como o de ordenha mecanizada. Já pensou se os recintos dos animais não forem bem lavados. Pense num matadouro, que precisa de higiene. Higiene demanda água sim, pois do contrário, vamos todos ficar doentes, mas com bastante água para beber. É uma contradição.

Em um assunto, os parâmetros devem ter o seu peso avaliado com cuidado. Se é faxina, o peso da água é um. Se se trata de um hospital, o peso é bem outro.

No que for necessário, a água tem que ser gasta, e se preciso, MUITA.

sábado, 5 de dezembro de 2009

Você sabia que na sua casa tem uma caixa d'água ?

A perguinta pode soar ridícula, mas é pertinente frente a uma ignorância (no sentido real de ignorar algo) dominante. Existem caixas d'água que nunca sofreram lavagem na vida. A importância da lavagem e suas razões estão no link abaixo:

http://www.copasa.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=65&sid=100

sábado, 21 de novembro de 2009

Papel higiênico no vaso sanitário ou no lixo ?

Problemas tem várias facetas.

Papel no vaso significa gastar mais água (média superior aos 6 litros por descarga). A maior parte das descargas hidráulicas se encontra desregulada, e despeja mais do que 6 litros por vez. Acrescentemos a isto o fato de que muitos usuários dão mais de uma descarga quando se trata de papel higiênico.

Papel no lixo é um problema de saúde pública, em vista do péssimo hábito dos catadores de papel e reciclado mexerem no lixo. Na procura pelo saco certo, eles acabam abrindo o saquinho que tem papel higiênico. E mexendo ali e aqui, eles acabam propagando os coliformes fecais nos muros, maçanetas de portões, botões de portão eletrônico, mesas de bares, etc.

Aqui reside a lógica que guia nossas vidas: sobrevivência. Para sobrevivermos, devemos resguardar a nossa saúde. Olhar cegamente (ótimo paradoxo) para economia de água, pelo fato de ser recurso escasso, é burrice. Você economizaria água só para tê-la em abundância na hora de tratar males adquiridos em virtude desta economia ?

A isto chamamos, desde o tempo de nossos bisavós de economia porca.

sábado, 14 de novembro de 2009

Contaminantes da água - Política

Caros bebedores de água. Sua água pode estar contaminada pela bactéria da política local.

Seu prefeito diz que pode fornecer água barata ? Desconfie dele. Falamos até agora de aspectos de saúde e de controle pouco difundidos entre a população. Seus políticos locais usam de seu desconhecimento e das conhecidas frases enganadoras:

Água cai do céu
Nossa água é transparente e limpinha
Temos muita água, é só furar um poço e ela jorra com abundância

Cuidado. Sua vida em relação à água tem dois momentos: o de beber água de político e o de curar as doenças produzidas por esta água.

Existe em cada estado de nossa federação uma instituição que capta, trata, distritbui e CONTROLA a qualidade da água, mantendo convênio com empresas internacionais e que compra equipamentos caros e confiáveis para lidar com água.

Procure se informar mais sobre aquilo que compõe a saúde de seu corpo, e cuidado com o conhecimento vindo de políticos. Se no futuro você tiver câncer por causa da água, ele já terá saído, ou viajado para o exterior com o dinheiro economizado às suas custas, economia porca.

sábado, 31 de outubro de 2009

Pagar pelo uso da água

Está em discussão, e quase aprovada e sancionada, a lei de Uso da Água. Agora, desde o pequeno proprietário rural até o industrial não mais continuarão a tirar água dos mananciais a seu bel prazer. O volume terá que ser limitado, e este volume será cobrado.

O industrial planta sua indústria a beira de um córrego, tira água, usa como matéria-prima e como água de lavagem de equipamentos, sem limites, pois "água cai do céu". O pequeno proprietário canaliza a água para os bebedouros do seu plantel e para seus canais de irrigação, o quanto quer e maneja a água como quiser.

Não será mais assim. Limitando-se o uso para proporções sustentáveis, ambos vão começar a se preocupar em aproveitá-la da melhor forma possível.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Água transparente é sempre limpa ?

Quem dera tivéssemos os olhos do lince ou a visão da águia, dizem alguns. E ainda assim não veríamos seres pequeninos, microseres, micróbios, pequenas formas de vida. Em nosso tempo temos todos os instrumentos da ciência para crer que existem coisas que não podem ser vistas a olho nu.

Este conhecimento, pasmem, não chega a mais de 5 % da população, e a crença e o tabu se tornam sua ciência. E nesta armadilha enganosa e perniciosa, crêem que o que os olhos não vêem, o coração não sente.

Lembrem-se, o homem já foi à lua, mas alguns homens não foram à biblioteca.

E muita gente olha um copo de água transparente e acha que se ela parece limpa, logo está limpa, e bebe, e adoece, e vai encher os postos de saúde, e vai pedir providências do governo. É preciso instrução sobre o componente que compõe 80 % do nosso corpo, a água.

Civilizações reverenciaram o sol, a lua, as estrelas, mas nunca ouvi falar num deus da água. Tivemos os deuses do mar, da chuva, do trovão, mas da água não. Isto porque o homem acha tão normal e comum a água em sua vida, que não lhe dá a devida importância.

Confie então em água de procedência sabida e sobre a qual foi feita uma análise, e não a beba de qualquer lugar, confiando que ela está transparente.


segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Por que eu só dou importância à água quando ela falta

A muitos anos a água caia do céu. Mas à medida em que a população foi aumentando, e com ela a ignorância, ficou difícil ter confiança na sua procedência e na sua qualidade.

Os romanos colhiam águas pluviais através de uma abertura central de suas habitações denominada átrio (atrium em latim). Na primeira etapa, resvalavam nas telhas, na segunda caiam em tanques. Ou seja, recebiam duas etapas de possível contaminação.

Nos seus primeiros minutos a chuva é ácida, talvez até longe das zonas industriais, como já dissemos. Bem, se você fosse coletar esta água de chuva, como faria ? Num balde ? Você lembraria de lavar estes baldes antes ?

Sejamos científicos e higiênicos. Você construiria a sua casa como os romanos. Portanto, já excluímos os menos favorecidos financeiramente, pois é preciso um terreno suficientemente grande para comportar uma área interna (no caso do átrio) ou uma externa para a construção de algo como uma piscina.

Os custos para um e para outro teriam de incluir um tanque préfabricado de fibra ou um tanque revestido e impermeabilizado para conter a água colhida. Além disto, seria necessário manter este tanque limpo, para evitar contaminação e tampá-lo ao fim da chuva.

Depois, na hora de usar, seria necessário o bombeamento para a caixa d'água, com custos de energia elétrica.

Por estes poucos argumentos, troque o discurso de "água cai do céu" por "água que cai do céu para quem tem casa com piscina". Pense antes de sair repetindo o que todo mundo fala. Que tal deixar o fornecimento de água para quem entende e testa a qualidade da mesma.

Tomou, papudo ?

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Por que não tirar água do meu próprio poço ?

Comecemos por dizer que estamos no ano de 2009, e não em 1500.

"Mas que argumento bobo", diriam uns.

O que quero dizer com este tempo: 2009 - 1500 ? São 509 anos de história do Brasil. A ocupação humana do modo civilizado tem este tempo. E ocupação humana significa contaminação. Mas bem antes, os índios já esgotavam o solo com os seus roçados.

Mas não preciso de 500 anos para um argumento químico. Bastam uns 50 anos de produção industrial, de agroindústria temperada com fertlizantes e solo regado à base de chuva ácida para contaminar nossos lençóis freáticos. O dióxido de carbono e seu parceiro, o monóxido de carbono liberados pelos veículos aglomerados no trânsito caótico de nossos grandes centros flutuam na atmosfera. Vem a chuva, e precipita estes gases sob a forma de "gás hidratado" ou ácidos carbônicos sobre a terra. Nem cheguei ao enxofre, resultado do metabolismo humano ou dos ainda resíduos da combustão dos veículos circulantes, em forma de ácido sulfídrico, ou sulfeto de carbono.

Sim, nossa terra, e os lençóis d'água recebem uma sopa química. Mas é só destes dois que citei que se banha a terra com a chuva ? Quem dera fosse.

Os detergentes, desinfetantes, lustramóveis, óleos lubrificantes, adubos, urina dos animais, bactérias e vírus, misturados à água de chuva acabam, por ação da chuva, penetrando no solo. E não se iludam com lotes distantes dos grandes centros, pois os gases podem viajar com o vento em direções e volumes imprevisíveis. E eu só citei os gases oriundos dos veículos.

Existe a parcela de gases industriais, com nitrogênio, amônia, organofosforados e uma infinidade de substâncias simples ou compostas, que com a chuva, acabam por ir dar ao solo, pois a lei da gravidade ainda não foi revogada.

Então, se você acha que a água do seu poço está clarinha, e por isto está limpa, continue utilizando a mesma com tranquilidade, pois o que os olhos não vêem, o coração não sente.

E se num rasgo de esperteza você decidir só beber água mineral, eu quero lembrá-lo: não use também a água de poço para lavar os olhos, órgãos genitais, pés e mãos.

Para não ser mais sarcástico, eu lhes digo que estamos em uma época de atendimento à cliente, controle de qualidade, responsabilidade social, consciência cidadã. Use água com rótulo. E o que é água com rótulo ? A água da torneira não vem na garrafa ! A gasolina, álcool ou diesel vem de bombas, e o indivíduo consciente só abastece em posto de confiança. Consuma água de fontes confiáveis, de fornecedores com capacidade jurídica, de companhias, do governo, se for preciso.

É preciso que a água tenha um selo de qualidade, para que você não volte de uma consulta de rotina com alguma doença resultante daquela água clarinha que você sempre usou, pensando que era pura e sem substâncias nocivas.

Coloque a mão na consciência. Estamos em 2009, e não em 1500.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Morando em beiradas de córregos

Como num jogo de construção, destes que nossa crianças jogam em videogames, a população procura lugar para morar baseada no critério de ONDE É QUE NINGUÉM QUER MORAR. O local de escolha acaba sendo na beirada dos córregos. Por que ? Porque as pessoas que tem um pouco de cultura e racionalidade sabem que:

  • Córregos transbordam;
  • Córregos cheiram mal;
  • Córregos atraem ratos e mosquitos.

Então lá vai a população que não tem onde morar se fixar nestes cursos d'água. E tal decisão parece aparentemente lógica para eles. Ali podem eles jogar seu lixo, escoar o produto dos seus dejetos, e de quebra talvez usar a água para alguma limpeza, imaginem.

Ali se constitui o que eles insistem em chamar de comunidade, e se organizar para reinvindicar direitos de água e luz, derivando em formas caóticas de crescimento populacional. E até arranjam um político para defendê-los, angariando seus votos de gratidão.

Bem, e o curso d'água que sofre este processo se transforma em escoadouro não só de dejetos humanos, mas de refugo dos bens de consumo, como pneus, embalagens e congêneres.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Banheiro sem ralo

Hoje temos uma cômoda situação em nosso país (Brasil), onde podemos jogar bastante água no chão de nosso banheiro, com detergente ou água sanitária, esfregar, esfregar, e depois enxaguar novamente, com muita água. Sim, muito bom.

Mas na Europa, já não se tem este privilégio. Tudo é limpo com pano úmido e produtos. A que ponto eles chegaram. Então eles ficam de olho em nossas ricas e abundantes bacias hidrográficas, ditando regras para nós em encontros internacionais. Isto é consequência de anos e anos de inconsciência de um povo que agora tem mais de 3000 anos de história.

Serve então este cenário de exemplo para nós, alerta inconfundível para quem tem apenas 500 e poucos anos de história, acostumado a nadar em rio, cachoeira e mar.

Então eu pergunto: a água deve ser ou não cara ? O homem dá mais valor ao que é barato ou aquilo que é de custo significativo ?

Será que se a água for mais cara o povo continuará lavando calçada com "horas de água" ?

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Primeiro episódio

Muitos anos atrás (quase 4000) pastores brigaram pelo direito de um poço, fato este documentado pela Bíblia. Moisés encontra as filhas de Jethro em meio a uma disputa pelo poço do seu pai, sheik e muito rico. Os poços, diga-se de passagem, tinham em um marco de pedra o registro de seu dono, marca esta respeitada em um tempo onde havia honra. E mostrando esta marca, a filha mais velha de Jethro reinvindicou o direito de apanhar água primeiro contra agressores nômades.
Moisés então intervém com seu cajado em hora que teve que prevalecer a violência, argumento só este compreendido por malfeitores, usurpadores e marginais.

Tomemos consciência, posto este exemplo, da importância da água em meio desértico, e não fiquemos descansados em nosso status de cidadãos que moram em metrópoles bem aparelhadas para fornecer água tratada e encanada, pois esta mordomia exige altíssimos investimentos. A guerra existe, e não podemos considerar que residimos em oásis eternos de abundância aquífera, pois a população cresce, consome, polui e ri despreocupada.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

História do aproveitamento da água - I

Imagens de satélite da região da antiga Mesopotâmia (Iraque/Irã) mostram "rugas" no meio do deserto, onde antes passavam os canais de irrigação para as plantações. Se hoje achamos que estamos bem estabelecidos, devemos lembrar que a 6000 anos, existia uma complexa burocracia para gerenciar o aproveitamento dos recursos hídricos. Proporcionalmente, em 2009, deveríamos ter centrais eletrônicas bem evoluídas, para impedir a perda de até um pingo de água.

Um exemplo que chega a quase isto é o Estado de Israel, onde toda a água circula no denominado "Aqueduto Nacional", com controles de pressão que acusam vazamentos, dada a importância dela para um estado tão diminuto em matéria de extensão geográfica.