segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Por que eu só dou importância à água quando ela falta

A muitos anos a água caia do céu. Mas à medida em que a população foi aumentando, e com ela a ignorância, ficou difícil ter confiança na sua procedência e na sua qualidade.

Os romanos colhiam águas pluviais através de uma abertura central de suas habitações denominada átrio (atrium em latim). Na primeira etapa, resvalavam nas telhas, na segunda caiam em tanques. Ou seja, recebiam duas etapas de possível contaminação.

Nos seus primeiros minutos a chuva é ácida, talvez até longe das zonas industriais, como já dissemos. Bem, se você fosse coletar esta água de chuva, como faria ? Num balde ? Você lembraria de lavar estes baldes antes ?

Sejamos científicos e higiênicos. Você construiria a sua casa como os romanos. Portanto, já excluímos os menos favorecidos financeiramente, pois é preciso um terreno suficientemente grande para comportar uma área interna (no caso do átrio) ou uma externa para a construção de algo como uma piscina.

Os custos para um e para outro teriam de incluir um tanque préfabricado de fibra ou um tanque revestido e impermeabilizado para conter a água colhida. Além disto, seria necessário manter este tanque limpo, para evitar contaminação e tampá-lo ao fim da chuva.

Depois, na hora de usar, seria necessário o bombeamento para a caixa d'água, com custos de energia elétrica.

Por estes poucos argumentos, troque o discurso de "água cai do céu" por "água que cai do céu para quem tem casa com piscina". Pense antes de sair repetindo o que todo mundo fala. Que tal deixar o fornecimento de água para quem entende e testa a qualidade da mesma.

Tomou, papudo ?

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