domingo, 6 de fevereiro de 2011

Manejo errado da terra - Dust Bowl

O "Dust Bowl" (taça de pó) foi um evento climático desatroso que teve lugar em 1930 nos Estados Unidos. Foram nuvens baixas de pó, areia e terra solta do solo, em virtude do manejo incorreto das terras norte americanas.

As pradarias norte-americanas, que dominam vários estados, possuem, por definição, uma vejetação rasteira, imprópria para uso econômico, porém agindo como cobertura protetora contra a erosão e como retentora de água. Como a abordagem das políticas econômicas é burra (e não vou ser contemporizador, mas pragmático), incentivou-se os proprietários a fazer grandes culturas, para aumentar a produção de grãos e levantar o país, já combalido pela crise de 1929.

A sequência de eventos foi muito lógica. Solo descoberto aliado a um período seco normal com ventos deu como resultado uma ascensão de pó do solo. Este pó formou uma barreira que refletia os raios solares, impedindo a evaporação que gera a chuva. O efeito foi cumulativo, e o resultado foi um desastre.

Mas o leitor deve estar se perguntando o que o pó da terra tem a ver com a Guerra da Água deste blog:

O solo e a água que o irriga são íntimos.

Se não se maneja o solo pensando na sua companheira água, ela se afastará, ou não virá, e os dois não se unirão em conúbio ambiental e biológico. Portanto, o planejamento do uso da água passa diretamente pelo solo onde ela será aplicada, pois antes de servir à satisfação da nossa sede, a água deve se unir ao solo, que produz a nossa alimentação.

Os governos não devem dirigir suas políticas econômicas para determinação do que se deve produzir, nem quando e nem onde. Eles devem dirigir suas políticas para incentivar a produção de gêneros alimentícios onde a condição é favorável a cada gênero, e gerar as condições de mercado para os financiamentos e escoamento da produção, através de rodovias, ferrovias, gerenciamento do câmbio para possibilitar as exportações e congêneres.

Governo não deve se meter em determinar fatores de produção.